quarta-feira, 28 de julho de 2010

População Mundial e Brasileira

O estudo da população é fundamental para podermos verificar a realidade quantitativa e qualitativa da mesma. Para governantes em especial, é de fundamental importância pois, permite traçar planos e estratégias de atuação, além de poder desenvolver um planejamento de interesse social.

A população deve ser entendida como um recurso na medida em que representa mão de obra para o mercado de trabalho, soldados para a defesa nacional, dentre outras coisas.

O ramo do conhecimento que estuda a população chama-se Demografia, portanto o profissional da área é o demógrafo.

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS

Alguns conceitos demográficos são fundamentais para a análise da população, abaixo iremos elencar alguns:

População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.

Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.

O Brasil está entre os países mais populosos do mundo com uma população superior a 170 milhões de habitantes.

Densidade demográfica ou população relativa: corresponde a média de habitantes por quilômetros quadrados. Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta pela área.

Quando a população relativa de um local é numerosa dizemos que esse local é muito povoado.

Apesar da enorme população absoluta, a densidade demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando 20 habitantes por quilômetro quadrado.

Superpovoamento: corresponde a um descompasso entre as condições sócio-econômicas da população e à área ocupada. Isso quer dizer que, superpovoamento não depende apenas da densidade demográfica, mas principalmente das condições de vida da população. Alguns países com grande densidade demográfica podem não ser considerados superpovoados, enquanto outros com densidade baixa assim o podem ser classificados.

Recenseamento ou censo: corresponde á coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de um determinado local.

No Brasil os recenseamentos são feitos de 10 em 10 anos, o último foi feito em 2002, pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão estatal.

Taxa de natalidade: corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil.

N.º de nascimentos X 1000 = taxa de natalidade

População absoluta

A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma população rural ou urbana.

As taxas de natalidade no Brasil caíram muito nos últimos anos, isso se deve em especial ao processo de urbanização que gerou transformações de ordem sócio-econômicas e culturais na população brasileira.

Taxa de mortalidade: corresponde a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado é expresso por mil.

N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade

População absoluta

Assim como a natalidade, a mortalidade está ligada em especial a qualidade de vida da população analisada.

No Brasil, assim como a natalidade a mortalidade caiu, especialmente a partir do processo de industrialização, que trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à população, além da urbanização acentuada.

Crescimento vegetativo ou natural: corresponde a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.

C.V. = natalidade - mortalidade.

O crescimento vegetativo corresponde a única forma possível de crescimento ou redução da população mundial, quando analisamos o crescimento de áreas específicas temos que levar em consideração também as migrações.

O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em processo de diminuição, mas já foi muito acentuado, em especial nas décadas de 50 à 70, em virtude especialmente da industrialização.

Taxa de fecundidade: corresponde a média de filhos por mulher na idade de reprodução. Essa idade se inicia aos 15 anos, o que faz com que em países como o Brasil, onde é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, ela possa ficar um pouco distorcida.

Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e por conseqüência da taxa de fecundidade.

Taxa de mortalidade infantil: corresponde ao número de crianças de 0 à 1 ano que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.

No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada a países desenvolvidos, em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 3,46%.

As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes, o Nordeste apresenta as maiores taxas de mortalidade infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja acima da média nacional.

Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos que vive em média a população.

Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países.

No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.


Migrações Populacionais


As migrações populacionais remontam aos tempos pré – históricos. O homem parece estar constantemente à procura de novos horizontes. No passado, milhões e milhões de europeus e asiáticos migraram para todas as partes do mundo, conquistando e povoando continentes como a América, a Oceania e a África.

Ultimamente, tem–se verificado a migração espontânea de milhões de pessoas de quase todas as partes do mundo em direção à Europa e até mesmo à Ásia, entre as quais grandes números de descendentes aos países de origem dos seus antepassados.

Milhares de brasileiros argentinos migraram nos últimos anos, em decorrência da crise econômica que seus países atravessam, sobretudo em direção à Europa e à América do Norte.

As razões que explicam as migrações são inúmeras (político – ideológicas, étnico – raciais, profissionais, econômicos, catástrofes naturais etc.), embora razões econômicas sejam predominantes. A grande maioria das pessoas migra em busca de melhores condições de vida.

Todo ato migratório apresenta causas repulsivas(o indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas ( o indivíduo é atraído por determinado lugar ou país).

Até antes da Segunda Guerra Mundial, as principais áreas de repulsão populacional eram a Europa e a Ásia (fome, guerra, epidemias, perseguições políticas e religiosas), e as principais de atração eram a América e a Oceania (colonização, crescimento econômico, possibilidade de enriquecimento etc.).

Entretanto, devido à enorme prosperidade do Japão e da Europa no período pós – Guerra , essas áreas tornam – se importantes focos de atração populacional, além, é claro, dos EUA, que sempre foram e continuam sendo um pólo atrativo.

Além das migrações externas que implicam a movimentação de milhões de pessoas anualmente, há também as não menos importantes migrações internas, movimentos populacionais de variados tipos que se processam no interior dos diferentes países de todo o mundo.

Dentre as diversas migrações internas, temos:

ÊXODO RURAL:Deslocamento de pessoas do meio rural para o meio urbano. Ocorre principalmente nos países subdesenvolvidos e, sobretudo naqueles que experimentam um processo rápido de industrialização.

TRANSUMÂNCIA:Migração periódica (sazonal) e reversível (ida e volta) determinada pelo clima.

MIGRAÇÃO INTERNA– Deslocamento feito dentro de um mesmo país. O indivíduo que realiza este movimento é conhecido como migrante.

MIGRAÇÃO EXTERNA– Deslocamento feito entre os países. Ao sair o indivíduo é conhecido como emigrante, ao entrar ele será conhecido como imigrante.

MIGRAÇÃO DIVERSAS- Entre zonas rurais, entre áreas urbanas, migrações em direção às áreas de descobertas de minerais, migração de fim de semana e outras mais.

Crise Aumenta a Fome no Mundo

A ONU emitiu um relatório onde anuncia que em 2009º o mundo vai ter mais de 1 bilhão de indivíduos desnutridos, com um aumento na ordem de 100 milhões somente neste ano, e segundo a Organização a crise mundial foi a responsável pelo agravamento desta situação. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – FAO, emite anualmente um relatório sobre a segurança alimentar no planeta, e ela adverte as nações que pela primeira vez em toda a história da humanidade a barreira de 1 bilhão de seres humanos sofrendo de desnutrição alimentar será superada, um marco que não deve ser comemorado, ao contrário, exige medidas sérias, urgentes e efetivas. O aumento do número de desnutridos somente em 2009 deve ser na ordem de 11%, o que significa 1,02 bilhões de pessoas com fome no mundo.

A crise econômica que assola o mundo é apontada como maior responsável por esse aumento, pois milhares de pessoas ficaram desempregadas ou tiveram seus ganhos reduzidos, o que deixa uma sexta parte da população com fome. A crise econômica tem diversos desdobramentos, além do desemprego que é a causa direta que atinge as famílias, tem o alto preço dos alimentos básicos que persiste dede 2006, e também a desaceleração da economia mundial que reflete na diminuição dos gastos com ajuda humanitária que era feito pelos países ricos e que tem a economia estabilizada, e conforme a FAO essa diminuição nos recursos da ajuda humanitária ocorre exatamente no momento em que é mais necessária.

A fome estabelece uma crise silenciosa que coloca em risco a segurança e a paz mundial” alertou Jacques Diouf Diretor da FAO, é necessário que os dirigentes de todos os países, e também as grandes empresas assim como os indivíduos que possuem poderio econômico para fazer frente a fome tomem uma atitude, unam seus esforços e vontade, estabeleçam metas e definitivamente encetem ações urgentese eficazes, a fome precisa urgentemente ser erradicada de nosso planeta, não é admissível que em pleno século XXI um a cada seis habitantes passem fome, não é porque não enxergamos isso que podemos fazer de conta que não existe.

O homem moderno viaja até a lua, faz pesquisas sobre água em marte e outros planetas, lança sondas para fora do sistema solar, decodifica o DNA humano, é capaz de reproduzir clones animais e até humanos, tem um arsenal atômico capaz de destruir a terra dezenas de vezes, inventou a internet e colocou o mundo em conexão em tempo real. O homem escreve, pinta, se comunica, alguns são capazes de dar a vida ou matar por seus ideais, por cobiça e também sem nenhuma razão, o homem salva milhares de espécies de animais e em 100 anos extinguiu metade da fauna do planeta, além dos desates ambientais causados pela grande poluição. O ser humano é muito complexo, inteligente e burro também, pois mesmo com toda essa evolução ele não consegue alimentar seu povo através da agricultura, uma das descobertas mais antigas da humanidade! De quem é a culpa da fome? Alguns vão responder: do capitalismo; da globalização; dos transgênicos; do equipamento global; da FAC; da EU; da política protecionista, da falta de políticas; da regulação do mercado; da falta de regulação; da crise econômica mundial…. Mas não será mesmo culpa da estupidez e da desumanidade do próprio homem?

Poluição

A poluição é geralmente conseqüência da atividade humana. É causada pela introdução de substâncias (ou de condições), que normalmente não estão no ambiente ou que nele existem em pequenas quantidades.

Poluente é o detrito introduzido num ecossistema não adaptado a ele, ou que não suporta as quantidades que são nele introduzidas. Dois exemplos de poluentes: o gás carbônico (CO2) e fezes humanas.

O CO2 das fogueiras do homem primitivo não era poluente, já que era facilmente reciclado pelas plantas. O mesmo gás, hoje produzido em quantidades muito maiores, é poluente e contribui para o agravamento do conhecido “ efeito-estufa”. Fezes humanas que são jogadas em pequena quantidade numa lagoa podem não ser poluentes, por serem facilmente decompostas por microorganismos da água. Em quantidades maiores, excedem a capacidade de reciclagem da lagoa e causam a morte da maioria dos organismos; neste caso, são poluentes.

Cidades Sufocadas

O fenômeno conhecido como inversão térmica, bastante freqüente em cidades como São Paulo, traz sérios problemas de saúde à população. Ele é assim explicado: normalmente, as camadas inferiores de ar sobre uma cidade são mais quentes de que as superiores e tendem a subir, carregando as poeiras em suspensão. Os ventos carregam os poluentes para longe da cidade grande. No entanto, em certas épocas do ano, há fatores que favorecem o fato de camadas inferiores ficarem mais frias que as superiores.

O ar frio, mais denso, não sobe; por isso, não há circulação vertical e a concentração de poluentes aumenta. Se houver além disso falta de ventos, um denso "manto" de poluentes se mantém sobre a cidade por vários dias.

Poluição de Água

O petróleo derramado nos mares prejudica a fotossíntese, por interferir na chegada de luz ao fitoplâncton. São assim afetadas as cadeias alimentares marinhas.

O acúmulo de certos detritos inertes, como poeiras e argilas, também interfere na transparência da água do mar, de rios e de lagoas e, portanto, compromete a realização da fotossíntese.

O despejo de esgoto no mar pode tornar as praias impróprias para o banho, transformando-as em fontes de contaminação por vírus e bactérias. Esgoto orgânico, doméstico ou industrial, lançado nas águas de rios ou lagoas, pode acabar "matando" o ecossistema.

A água quente usada em usinas atômicas, quando lançada nos rios ou nos mares, diminui a solubilidade do O2 na água; isso afeta os organismos sensíveis à diminuição do oxigênio.

O despejo de substâncias não-biodegradáveis, como detergentes, não sofre ataque dos decompositores e permanecem muito tempo nos ecossistemas. Formam montanhas de espuma em rios poluídos.

Sais de chumbo, de níquel, de cádmio, de zinco ou de mercúrio despejados pelas indústrias propagam-se pelas cadeias alimentares aquáticas, intoxicando os organismos e, eventualmente, o homem.

Chuva ácida

A chuva ácida é uma das principais conseqüências da poluição do ar. As queimas de carvão ou de derivados de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas precipitações de chuva ácida.

Os poluentes do ar são carregados pelos ventos e viajam milhares de quilômetros; assim, as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias das fontes poluidoras, prejudicando outros países.

O solo se empobrece e a vegetação fica comprometida. A acidificação prejudica os organismos em rios e lagoas, comprometendo a pesca. Monumentos de mármore são corroídos, aos poucos, pela chuva ácida.

Desmatamento e extinção de espécies

Desmatar leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. A ciência identificou até hoje cerca de 1,4 milhões de espécies biológicas. Desconfia-se que devam existir 30 milhões ainda por identificar, a maior parte delas em regiões como as florestas tropicais úmidas. Calcula-se que desaparecem 100 espécies a cada dia, por causa do desmatamento.

Planeta Superlotado

A cada segundo, nascem três novos habitantes em nosso planeta. Hoje, existem 6 bilhões de habitantes. A população humana está crescendo em 100 milhões de pessoas por ano, o que significa mais um bilhão de pessoas para a próxima década. 90% desses nascimentos ocorrerão nos países subdesenvolvidos. Até o ano 2150, estima-se que chegaremos a quase o dobro da população atual.

O crescimento das populações humanas aumenta terrivelmente a gravidade dos problemas que a Terra já enfrenta. Eis alguns deles:

o Maior necessidade de energia - Por enquanto, gerar energia leva a um aumento da poluição (queima de combustíveis como petróleo ou carvão), ou a destruição de ecossistemas (construção de hidrelétricas), ou ainda a riscos de contaminação por radiação (usinas atômicas). Métodos menos poluentes, como energia solar, poderão talvez resolver o problema.

o Mais bocas para nutrir - Implicando maior produção de alimento e, portanto, necessidade crescente de terras agriculturáveis, às custas de mais desmatamento. Hoje, o planeta perde um hectare de solo aproveitável para a agricultura a cada 8 segundos. Buscar um aumento na eficiência da produção de alimentos, através de maior mecanização da agricultura, levaria à degradação maior do solo. Além disso, a utilização intensiva de adubos e pesticidas aumentaria a poluição do solo e dos lençóis de água.

o Maior pressão de consumo - Gera maior demanda de recursos naturais não-retornáveis, como os metais e o petróleo. Além do esgotamento precoce desses recursos, mais resíduos serão produzidos, intensificando a poluição: o homem poderá afogar-se no seu próprio lixo!

Buraco da camada de ozônio

Os raios ultravioleta, presentes na luz solar, causam mutações nos seres vivos, modificando suas moléculas de DNA. No homem, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele. A camada de gás ozônio (O3), existente na estratosfera, é um eficiente filtro de ultravioleta. O ozônio forma-se pela exposição de moléculas de oxigênio (O2) à radiação solar ou às descargas elétricas.

Detectou-se nos últimos anos, durante o inverno, um grande “buraco” na camada de ozônio logo acima do Pólo Sul; este buraco tem aumentado a cada ano, chegando à extensão da América do Norte. Foi verificado que a camada de ozônio está também diminuindo de espessura acima do Pólo Norte. Acredita-se que os maiores responsáveis por esta destruição sejam gases chamados CFC (clorofluorcarbonos).

Estas substâncias são usadas como gases de refrigeração, em aerossóis (spray) e como matérias-primas para a produção de isopor. Os CFC se decompõem nas altas camadas da atmosfera e acabam por destruir as moléculas de ozônio, prejudicando assim a filtração da radiação ultravioleta.

"Um provérbio indígena questiona se somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro".

ECO 92- carta da terra

"A paz, o desenvolvimento e a proteção do meio ambiente são interdependentes e inseparáveis".

Há uma ligação íntima entre os três fatores: a Política, a Economia e a Ecologia, que devem caminhar juntos. Não pode haver paz no planeta e nem proteção ao meio ambiente, se a pobreza continuar existindo em tantas regiões. Os países ricos consomem os recursos naturais de forma exagerada; por isso, são os que mais poluem. Cabe a eles uma parcela importante nos esforços para se conseguir um desenvolvimento sustentado, pelas tecnologias de que dispõem e pelos recursos financeiros que deverão investir.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Economia Moderna

As descobertas feitas tanto do outro continente descoberto, e o outro sendo produzido um acesso direto para o desenvolvimento de conexões com o "novo mundo". Isso proporcionou que se desenvolvesse de forma mais acelerada, assim podemos dizer que o sistema econômico comercial deve ser chamado de pré-capitalismo e nunca de "capitalismo comercial" por nunca ter sido a posteriori a construção do capitalismo. O capitalismo nunca deve ser visto como sinônimo de setores econômicos que estejam sendo privilegiados em determinado momento - comercial, industrial, financeiro. Menos ainda se pode se definir pela monetarização que determinada economia comportou-se, na verdade o que faz do capitalismo um sistema economia antagônico em relação aos outros, é a relação que se estabelece com o trabalho, tornando-o um fornecedor de um subproduto, este seria a força de trabalho, e não como uma simples mercadoria, pois a força de trabalho é mercadoria essencial a seu desenvolvimento, isso desenvolve meios para que seja possível a extração de excedente econômico, tanto no que diz respeito ao trabalho em si como em relação aos resultados do trabalho.A economia comercial se torna, portanto, um sistema autônomo que extrai excedentes econômicos através dos antagonismos entre preços de compra e venda das mercadorias, mesmo que às vezes se utiliza de diversas formas de trabalho compulsório, e procura aumentar esta extração de excedentes através do estabelecimento de diversos monopólios comerciais em níveis nacionais.O termo economia-mundo deve ser entendido como uma articulação econômica, que produz um caráter profundamente comercial, que se forma a partir do século XVI, entre a Europa Ocidental, a Oriental, a Ásia, a América e a África. Está mais centrada na Europa Ocidental, pois procura estabelecer uma relação de trocas desiguais a seu benefício, tudo isso tornada possível pela expansão ultramarina européia que faz com que ao mesmo tempo outras áreas acabem se especializando produtivamente, não mais para seus mercados internos, mas para abastecer a Europa Ocidental, isso acaba fazendo com que diversas áreas - América e África - se tornem apenas produtoras, realizando apenas a primeira parte do ciclo econômico - produção -, dependendo da Europa para se faça para terminar o ciclo em distribuição e consumo.Na verdade, com a inexistência de um mercado interno consumidor na economia americana e africana durante os séculos XVI, XVII e maior parte do XVIII faz com que dependam da Europa para que se possam completar o ciclo econômico de - produção, distribuição e consumo - pois só conseguiam produzir.Esse processo de economia-mundo também teve fator no absolutismo, pois era o único Estado a dar condições para o bom funcionamento do sistema econômico, pois este necessitava de segurança para as rotas comerciais transoceânicas, também do que ficou conhecido posteriormente como o Mercantilismo.Todos esses fatores chegam a uma das principais características desenvolvidas, a acumulação de capital, tudo graças aos regimes de monopólio de comercialização dos produtos da economia-mundo que se fez presente nos Estados europeus (Portugal, Espanha, Holanda França e Inglaterra).Na realidade, toda essa forma de acumulação que tornou possível o crescimento da economia capitalista, deve ser denominada de acumulação primitiva de capital. Uma por isso ter dado origem ao capitalismo, como também por ter sido baseada na força, no saque na compulsão do trabalho e na imposição de mercados monopolistas, outro motivo para não se caracterizar o sistema econômico comercial como "etapa comercial do capitalismo".Para que tudo isso fosse possível a Europa Ocidental permitiu que a forma mais barata de trabalho, a assalariada fosse empreendida, dessa forma deu diversas formas para que o ritmo de desenvolvimento fosse diferente nas diversas áreas mundiais, na medida que as áreas centrais só podem crescer acumulando capital em condição das áreas periféricas, estas áreas passam a ser, portanto de vital importância para os Estados centrais. Assim o sistema comercial passa por três momentos econômicos: a expansão do século XVI, a depressão do século XVII, e a retomada do crescimento no século XVIII.




Serras



Serras são terrenos acidentados com fortes desníveis, frequentemente aplicados a escarpas assimétricas, possuindo uma vertente abrupta e outra menos inclinada. Uma serra distingue-se de um maciço pelo facto de um maciço possuir montanhas agrupadas em vez de alinhadas. Um conjunto de serras forma uma cordilheira.

Serra do Mar

A Serra Mar é uma cadeia montanhosa do relevo brasileiro que se estende por aproximadamente 1500 km ao longo do litoral leste/sul, indo desde o estado do Espirito Santo até o sul do estado de Santa Catarina.
No estado de São Paulo, a Serra do Mar atravessa as 3 regiões litorâneas (norte,central e sul).
A Serra situa-se bem junto ao mar no norte, como por exemplo em Ubatuba. No centro há uns poucos quilômetros de planície nos quais estendem-se municípios como Praia Grande, e na direção de Iguape ao sul a largura da planície cresce para algumas dezenas de quilômetros. Junto à Grande São Paulo, a Serra chega à altura média de 800 m (a cidade de São Paulo possui uma altitude média de 780 m).


Formação

A Serra do Mar pertence ao "Complexo Cristalino Brasileiro" sendo constituída em sua maioria por granitos e gnaisses.
As formas atuais da Serra do Mar derivam de vários fatores: diferença de resistência das rochas, falhamento do relevo e sucessivas trocas climáticas.
Em alguns trechos, a Serra do Mar se apresenta como escarpa (Graciosa e Farinha Seca), em outros é formada por serras marginais que se elevam de 500 a 1.000 metros sobre o planalto. São blocos que recebem diversas denominações: Capivari Grande, Virgem Maria, Serra dos Órgãos (Ibitiraquire) Marumbi entre outras formas de relevo.O último segmento de montanhas da Serra do Mar, no estado do Rio de Janeiro, recebe o nome local de Serra dos Órgãos, e possui os mais altos picos de toda a Serra do Mar, como a Pedra do Sino de Teres (2268 metros), o pico da Caledônia (2262 metros) em Nova Friburgo e outros picos maiores localizados no parque estadual dos três picos, onde se encontram: os três picos (uma formação rochosa de Granito e Gnaisse com mais de 2300 metros de altura: (Pico Maior de Friburgo 2316m - ponto culminante da Serra do Mar no Brasil) que possui três picos (ou "três agulhas") na parte superior desta rocha.
Na Serra de Paranapiacaba (um nome local dado a este segmento de montanhas da Serra do Mar),se encontram as maiores altitudes do Paraná, destacando-se os seguintes picos: Pico Paraná (1.877 metros), Caratuva (1.850 metros), Ferraria (1.835 metros),Taipabuçu (1.817 metros) e Ciririca (1.781 metros).
Dirigindo-se mais para o sul aparecem outras serras marginais, tais como, Castelhanos, Araraquara, Araçatuba e Iquiririm (esta última, já na divisa do Paraná com Santa Catarina).
Também são marginais, os ramais que se dirigem para o litoral, como as serras da Igreja, Canavieiras e da Prata. Esta última, após contornar as praias, mergulha no Atlântico.

O Relevo



O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.

Classificações de relevo

Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.

Características do relevo brasileiro

O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.

O relevo brasileiro apresenta-se em :

Planaltos superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
Planíciessuperfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar.
Depressão Relativa
fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
Montanhaselevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.

Pontos Culminantes do Brasil

Pico

Serra

Altitude (m)

da Neblina

Imeri (Amazonas)

3.014

31 de Março

Imeri (Amazonas)

2.992

da Bandeira

do Caparaó (Espírito Santo/Minas Gerais)

2.890

Roraima

Pacaraima (Roraima)

2.875

Cruzeiro

do Caparaó (Espírito Santo)

2.861